29 de maio de 2011

Da Importância de Se Conhecer Os Clássicos do Cinema Wherein We Discuss The Importance of Cinema Classics


Qualquer pessoa com um mínimo de afinidade com imagens em movimento sabe da paixão de Steven Spielberg pelo métier que o consagrou como um dos maiores de todos os tempos. Portanto, achamos mais do que indispensável postar este vídeo no qual o criador de "E.T." e "Indiana Jones" discorre sobre a importância de se estudar os clássicos do cinema - um assunto, aliás, não apenas de extrema relevância para nossa pauta, mas também destaque de nosso próximo post. Enjoy.  

Anyone with a minimum affinity with moving pictures knows of Steven Spielberg´s passion for the métier which established him as one of the greatest of all time. So we thought to be essential to post this video in which the creator of "E.T." and "Indiana Jones" discusses on the importance of studying the cinema classics - a subject, by the way, not only extremely relevant for our agenda, but also the subject matter of our next post. Enjoy.

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27 de maio de 2011

Referências References

Abaixo, selecionamos alguns vídeos que nos serviram de referência para a produção de "É Quase Verdade".

We have selected below some videos that inspired us on the production of "It´s Almost True".




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19 de maio de 2011

Imagens que Mudam Changing Images

Construído em 1912 pela família César dos Reis, na Rua Apa, número 236, o famoso castelinho que uma vez foi símbolo das primeiras ocupações urbanas na capital paulista, ficou durante anos abandonado pelo poder público - dando margem também para a degradação da mesma área que tanto choca quem passa por ali. Não há paulistano que não conheça sua história famosa - ou mesmo infame, como a de um crime ocorrido em 1937 em circunstâncias nunca explicadas. Mas o mais importante aqui para nós é o fato de que, há alguns meses, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) resolveu tomar providências inéditas e partir para um trabalho de completo restauro do lugar. E hoje, quem passa por ali, pode ver uma imagem que aos poucos pode modificar completamente a região, a exemplo do que já aconteceu com alguns outros locais da cidade de São Paulo. Talvez assim, imagens como a de cima possam voltar a fazer parte do cotidiano do centro da maior cidade do país, contribuindo para que a imagem de baixo, também sofra modificações.

Built in 1912 by the César dos Reis family, on 236 Apa Street, the famous castle that was once a symbol of the first urban occupations in São Paulo, remained abandoned by the public service for many years - contributing for the decrepiting area surrounding its margins and which shocks anyone who passes by. There is no paulistano who does not know its famous stories - or even infamous ones, like the brutal and misterious crime from 1937. But what is most important for us here is the fact that, some months ago, the Conpresp (the Institution responsible for the Historic preservation in town) took some action and decided to do a complete restoration on the place. Whoever passes by there today can now see a slightly little different image that can completely modify the region, as it has already happened to some other spots in the city of São Paulo. Perhaps then images like the one above can once more become part of the everyday life in Brazil´s biggest city, thus contributing for the image below to also modify.



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13 de maio de 2011

E Por Falar em Palavras... Speaking of Words...


Aproveitando o post anterior, achamos interessante e com tudo a ver e reproduzimos abaixo o texto escrito por Emanuel Mendes para o jornal mineiro Gazeta do Triângulo, na ocasião comentando sobre a recente cerimônia do Oscar de 2010. Sorry, pessoal, apenas em português.

Getting a ride on the previous post, we thought it could be interesting and so below you can find the article written by Emanuel Mendes for the newspaper Gazeta do Triângulo, commenting on the recent 2010 Academy Awards. Sorry, folks, in Portuguese only.

And the Winner is… Argentina!

Não adiantou nada os organizadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood - ou seja, o Oscar propriamente dito - terem tentado repaginar a já tradicionalíssima cerimônia do mais badalado prêmio do cinema mundial, nem mesmo o fato de retomarem a antiga e batida frase And the winner is... ao invés da já consagrada And the Oscar goes to... O Brasil, mais uma vez, ficou fora do páreo. E aquele que teoricamente era dado como o favorito - o alemão "A Fita Branca", sobre uma suposta origem do nazismo no interior germânico, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, mais inúmeros outros prêmios importantes, consagrando definitivamente seu diretor, o austro-alemão Michael Haneke - não apenas saiu da festa de mãos abanando, como viu subir ao palco, pela segunda vez em mais de vinte anos, um filme dos hermanos do continente - "O Segredo dos Seus Olhos", dirigido pelo competentíssimo Juan José Campanella.

Há muito já se discute a importância de o cinema brasileiro se consagrar em terras do Tio Sam - como se ganhar um Oscar fosse, de fato, um atestado de qualidade extremamente relevante -, mas o fato de o Brasil perder mais uma vez a vaga na cerimônia, expõe, sim, qualquer coisa de relevante. E isso é bem claro quando se percebe uma característica muito evidente nos filmes de longa-metragem realizados no país: a falta de boas histórias, ou, se quiser, a ausência de roteiros mais criativos, do contar uma narrativa de maneira inovadora, original.

Se tomarmos como exemplo os filmes que, após a tal da "retomada" do cinema brasileiro - iniciada, a rigor, com o "Carlota Joaquina" (1994), de Carla Camurati, um sucesso de público e moderado triunfo com a crítica - conseguiram vencer a barreira e chegar até o Oscar, temos os seguintes espécimes: "O Quatrilho", legítimo fragmento da telenovela brasileira levado ao sul do país; "Central do Brasil", melodrama on the road muito competente sobre a busca da identidade; "O Que É Isso, Companheiro?", thriller de suspense adaptado à realidade tupiniquim; e "Cidade de Deus", uma superprodução estilo Hollywood ambientada no mais incrível, exótico e extravagante cenário jamais imaginado pelo mais fervilhante roteirista da capital do cinema - a notória entidade brasileira chamada favela -, podemos perceber claramente duas características importantes: o apetite feroz, voraz e primitivo dos gringos por assuntos que tratam exclusivamente da barbárie dos países considerados periféricos (e os cineastas brasileiros, quase todos sedentos pela consagração definitiva e indispensável, sabem que é isso mesmo o que dá prêmio em festival), e por conseguinte a própria inoperância e deslumbramento dos mesmos gringos ao aceitar apenas este tipo de narrativa, como se o cinema brasileiro, e o cinema feito no continente sul americano, não tivesse mais nada para dizer. Esta é uma herança sem dúvida absolutamente nefasta e herdada categoricamente do Cinema Novo. Para quem não sabe, o Cinema Novo foi um movimento nascido nos anos 1960, liderado por alguns cineastas politizados, de extrema esquerda, que pretendiam mudar o chamado sistema, dentro de um hipotético nacionalismo imposto pelos militares, associado ao modernismo dos anos 1920/30 e ao tropicalismo, injetando obras inovadoras, "conscientes", e de ação majoritariamente política. No entanto, por mais criativos que tenham sido seus filmes, o movimento apenas conseguiu barrar bruscamente a evolução do cinema como arte industrial que começava a tomar forma no Brasil - através da implantação de dois sistemas de estúdios aos moldes de Hollywood, a Vera Cruz em São Paulo, e a Atlântida, no Rio de Janeiro -, além de afugentar o público das salas de cinema. E filme brasileiro, durante muito tempo, virou sinônimo de coisa ruim, associado a duas horas de projeção maçante sobre a realidade social e política brasileira, até ser novamente "retomado" por diretores e produtores que, em maior ou menor grau, resgataram essa temática, ensanduichada no meio de histórias mais lineares, cultas, direcionadas a uma determinada parcela da população, a fim de angariarem prêmios e prestígio - mas esquecendo, infelizmente, do principal elemento formador de um cinema de um país: seu próprio e imenso público. 


O que nos leva outra vez ao cinema que vem sendo realizado pelos vizinhos hermanos: em recente artigo publicado no O Estado de S. Paulo, o texto chama a atenção ao fato de que não necessariamente todos os filmes argentinos são bons ou responsáveis pelo regresso do público às salas de projeção, mas sim que existe a preocupação dentro deste mesmo cinema argentino com boas histórias, não unicamente centradas em cunho político, social ou engajadas de alguma forma, mas no entanto importando-se com uma característica essencial a um bom filme, de qualquer nacionalidade: o elemento humano, as emoções dos personagens, uma história bem contada, filmada de maneira eficiente e sem modorras e firulas narrativas. Porque é isso o que é O Segredo dos Seus Olhos – um modesto mas eficientíssimo filme argentino, que não pretende mudar o mundo ou inventar a roda da grafia cinematográfica.

Quebrar essa couraça – que parece funcionar quase como um mecanismo de defesa – arraigada na psique brasileira, sustentada não só pelos cineastas, mas pela mídia e jornalistas em geral, é o grande desafio das novas gerações de diretores, produtores e atores saindo do forno no Brasil para os próximos anos. Procurar a diversificação de temas – igualando-se ao vasto território do país –, aliar o bom-gosto, a sofisticação do olhar, à emolduração de qualquer questão social e política (ou não), mas sem jamais esquecer seu espectador, é o que deve reger o cinema do país de agora em diante – e felizmente espera-se que haja uma progressão natural das coisas neste sentido. A grande questão imposta por este artigo não é discutir se o Brasil merece ou precisa provar que tem de ganhar um Oscar (os americanos sabem fazer a coisa de forma tão bem-feita, que vencer o prêmio chega quase a parecer o ápice da vida humana, o máximo a que uma pessoa pode almejar em sua existência, tanto que o prêmio virou sinônimo de conquista – como dizer que fulano merece o Oscar por alguma coisa), mas simplesmente considerar essas as principais características para que o cinema brasileiro, se quiser atingir seu público, se necessita comunicar alguma coisa, e se deseja se firmar verdadeiramente como indústria, por menor que seja, deixe de ser estrangeiro em seu próprio país.


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10 de maio de 2011

E No Início Era a Palavra... And in The Beginning was The Word...

"Pra que toda essa euforia com esse negócio de escrever um roteiro? É só colocar uma palavra atrás da outra!" "Perdão, senhor Thalberg, mas é colocar uma palavra certa atrás da outra." E assim se deu uma conversa entre Lenore Coffee, roteirista americana ativa do cinema mudo até os anos 1950, e o lendário produtor e executivo Irving G. Thalberg, em meados dos anos 1930. Modestamente, foi isso o que tentamos fazer com o roteiro de "É Quase Verdade": colocar uma palavra certa atrás da outra. 

"What´s all this business about being a writer? It´s just putting one word after another!" "Pardon me, Mr. Thalberg; but it´s putting one right word after another." And so there was a conversation between Lenore Coffee, an American screenwriter working from the Silent movie era throughout the 1950s, and famous producer and movie mogul Irving G. Thalberg, in mid 1930s. Modestly, that´s what we tried to do with the script for "It´s Almost True": putting one right word after another.

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7 de maio de 2011

Esta é Uma Produção Sincronia Filmes This is a Sincronia Film Production

Dando o pontapé inicial, e após uma parceria para a realização do curta "O Homem Que...", de Yuri Tarone, "É Quase Verdade" é a primeira produção solo da Sincronia Filmes, a produtora capitaneada por Emanuel Mendes e Francisco Costabile.

Kicking off first, and after a co-production for the short film "The Man Who...", by Yuri Tarone, "It´s Almost True" is the first solo production from Sincronia Filmes, the film company helmed by fellow partners Emanuel Mendes and Francisco Costabile.

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6 de maio de 2011

E Foi Dada a Largada! Now It´s the Time!

Pois aqui está, caros amigos. Finalmente um espaço para que eles, os rejeitados pelo documentarismo engajado tupiniquim, os excluídos do Cinema Nacional, que teima em mostrar apenas o que todos já conhecem - se não sabem, aqui vai uma dica da santíssima trindade celebrizada mundo afora: favela + Nordeste + violência, o que dá praticamente na mesma - tenham finalmente uma voz. Afinal, ninguém é de ferro: clichês como esses três são cristalizações de uma sabedoria empírica, com a qual o público (e os festivais de cinema, é claro!) se identifica imediatamente, e vários filmes recentes mostram como é cômodo cair em seus braços mornos. Mas agora chegou a vez deles. Foi dada a largada para "É Quase Verdade".


And here we are, dear friends. At last one little corner for them, for their true voice, the all-rejected by the tipical Brazilian left wing documentarians, the all-abandoned people from the New Brazilian Cinema, that always drills the same old things loved all over the world. In case you don´t know: the slums + Sertão + violence, which is basically the same. After all it is difficult not to succumb: those clichés are a kind of empiric wisdom from which the audience (and film festivals alike, of course!) truly identify with, and several Brazilian movies of this kind show how cozy it is to embrace them. But now it´s their turn. Now it´s the time for "It´s Almost True".   


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