De braços abertos à experimentação. Opening arms to experimenting.
Ele já foi (e ainda é) um pouco de tudo: cineasta, roteirista, ator, crítico de cinema, apresentador de TV, pesquisador da extinta Embrafilme, assistente de direção de Carlos Reichenbach e Walter Hugo Khouri, representante da Disney no Brasil, além de ter utilizado um sem-número de pseudônimos e identidades alternativas ao longo de uma carreira que vem se estendendo desde o início da década de 1990: nada pode deter Paolo Gregori. Nem mesmo Jean Luc Godard, com quem Paolo cruzou de propósito em mais uma das inúmeras tentativas de registrar o célebre fundador da Nouvelle Vague nas ruas de Paris, que rendeu o documentário em curta-metragem "PG Encontra JLG", rodado por ele e Murillo Mathias, comparsa dos 24 quadros por segundo registrados em 16mm e que compõe uma das inúmeras e saborosas histórias deste legítimo filho da experimentação visual. E justamente por causa disso, não havia como não chamar Paolo para compor o casting de "É Quase Verdade", fazendo parte de uma sequência absolutamente alucinante que recebeu do próprio retratado a alcunha de "surreal": "Eu tinha acabado de fazer parte no elenco de uma mega-produção algumas horas antes, e de repente me vi nas ruas de São Paulo com uma equipe mínima, de pouquíssimos recursos, querendo me registrar fazendo piruetas, dizendo frases improvisadas, pirando na batatinha de uma forma enlouquecida, dionisíaca, interagindo com as pessoas à minha volta, com apenas a câmera me seguindo, que, quando terminamos, me vi perguntando a mim mesmo: "Isso realmente aconteceu?"" Sim, tanto aconteceu que está se transformando em uma das melhores sequências de "É Quase Verdade."
He was (and still is) a little bit of everything: filmmaker, screenwriter, actor, film critic, TV hoster, a researcher at the defunct Embrafilme, director assistant for Carlos Reichenbach and Walter Hugo Khouri, Disney representative in Brazil, besides having used a lot of pseudonyms and double identities throughout a career that spans over a decade now: nobody can stop Paolo Gregori. Not even Jean Luc Godard, the subject of a short film by Paolo and Murillo Mathias - his partner in the ever crazy art of 16mm guerrilla filmmaking -, and of one of the juiciest tales ever told by this maverick, experimental and multitalented artist. That´s why we wanted him so much to compose the cast for "It´s Almost True", making part of an exciting sequence in São Paulo downtown: "I just had left the shooting of a pompous and expensive extravaganza and suddenly saw myself in the middle of an art-house production, with very few people in the crew, the camera following me wherever I would go, having to say improvised phrases and talk to people in the streets like a lunatic from another dimension. And when we finished, I had to ask myself: Did this really happen?" Yes, it so happenned that is is becoming one of the most spectacular sequences in "It´s Almost True".
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